Não são as emissões de CO2 das indústrias portuguesas que mais preocupam os especialistas. Até porque as empresas licenciadas cumprem todas as directivas comunitárias. A produção de resíduos é que está a seguir uma tendência preocupante: em 2010 produziu-se mais 60% de resíduos do que em 2009. Estes indicadores comprometem os objectivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Resíduos para 2013.
Cada português gerou entre 2004-2009 no território do Continente, cerca de 470 kg de resíduos urbanos por ano, colocando para reciclagem 46 kg. Em 2008 a taxa de reciclagem no Continente era de 12% quando na UE o seu valor atingia os 17%.
A reciclagem de resíduos constitui a operação de gestão que no período em análise mais cresceu em termos médios. As quantidades de resíduos multimateriais recolhidos selectivamente evidenciaram uma taxa média de crescimento de cerca de 15% ao ano entre 2004 e 2009, claramente superior à evidenciada para o total de resíduos gerados.
Papel e cartão constituem o principal material colocado para reciclagem.
No mesmo período, Portugal gerou cerca de 172 milhões de toneladas de resíduos sectoriais dos quais cerca de 11% perigosos. A Indústria Transformadora e o Comércio e Serviços contribuíram com cerca de 2/3 do total dos resíduos sectoriais gerados.
A valorização de resíduos promovida pelas entidades gestoras de fluxos específicos totalizou no período em análise cerca de 6 milhões de toneladas, registando uma taxa média de crescimento anual nos últimos quatro anos de 18%. Os principais materiais reciclados foram as embalagens e os provenientes dos veículos em fim de vida.
In: http://www.ine.pt/. O sector dos resíduos em Portugal - 2005 - 2009.
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